
Sonhei que sonhava que morria
No celeiro do sertão do cabrobó
Minha vida como um filme transcorria
Num passadotão distante e seco e só
Vi meu pai - tão doce a face que sorria -
No rebento que me fez deixar o pó
Minha mãe deitada linda - já dormia -
Quando ao ventre lhe cortaram o meu nó
Foi a morte que bateu em minha porta
A mais negra peste desta minha horta!
Que ao chão já não mais pode enraizar
Ouvi da mãe celeste o grito: - Filho volta!
Dou-te os anjos para te fazerem escolta
Tua vida há de apenas começar!
23 de Agosto de 2011